Por Bia Parra
Devo dizer que estou obcecada por Roma...
Na verdade eu e marido Edu temos uma predileção toda especial
pela história, pela grandiosidade, pelo clima... pelos romanos!!! A atmosfera
de Roma é singular e a cada vez que embarcamos para lá ficamos enlouquecidos atrás
do que ainda não vimos ou ainda não conhecemos ou queremos nos aprofundar.
Na minha próxima visita não deixarei de conhecer a Igreja Santa Maria della Concezione ou Nossa
Senhora da Conceição dos Capuchinhos.
Esta igreja foi encomendada pelo Papa Urbano VIII em 1626,
pois seu irmão, o Cardeal Antonio Marcello Barberini era um frei da ordem dos
capuchinos.
Mas o mais interessante da igreja, o que meus filhos vão
adorar, tenho certeza, é a cripta que está
localizada na parte de baixo da igreja. O irmão do Papa, Cardeal Antonio
Barberini ordenou, em 1631, que os restos de milhares de freis Capuchinhos
fossem exumados e transferidos para a cripta. Os ossos foram colocados ao longo
das paredes e os freis começaram também a enterrar seus próprios mortos lá, bem
como os corpos de Romanos pobres, cujas tumbas ficavam embaixo do chão da atual
capela das Missas.
A cripta, ou ossário, contem agora os restos de 4.000 freis
enterrados entre 1500-1870, é assustador e bastante original também... tenho
certeza de Alexandre Macqueen ia se fartar com a quantidade de caveiras...
Moda a parte, esta prática para nós um pouco estranha, data
de uma época na qual a Igreja Católica permitia enterros embaixo e dentro de
igrejas. A cripta subterrânea é dividida em cinco capelas e os ossos são
dispostos de forma elaborada, transformando o espaço e uma obra de arte um
tantinho macabra.
Uma placa em uma das capelas diz em três línguas: "O
que você é agora, nós um dia fomos; o que somos agora, você será um dia",
dizeres um pouco pitorescos, mas tenho certeza, na medida de jovens curiosos...
Mas há vários outros motivos para a visita. A igreja foi
construída entre 1626 e 1631 e contem obras de artistas famosos como Guido
Reni, Gherardo delle Notti, Mario Balassi, Lanfranco, Domenichino, Baccio
Ciarpi, Sacchi, Rusconi, Andrea Camassei, Girolamo Muziano, Alessandro Turchi e
Pietro da Cortona.
Vários autores renomados visitaram a cripta e deixaram por
escrito suas impressões como o O Marquês
de Sade que a visitou em 1775 ou Mark Twain, no verão de 1867.
Fica a dica para a próxima visita a Roma...
Um beijo e ótima semana.
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