Vou ser sincera, sou gulosa sim!!!
Muitas vezes elaboro viagens para mim e marido Edu com o
puro foco na gastronomia e adooooro!!! E
é exatamente por isso que quero dividir algumas opções muito bacanas...
As delicias de Reims
Reims não vive só da maravilhosa champanhe (que amo!!!), há vários outros encantos. Com três lugares classificados como
Patrimônio da Humanidade pela UNESCO (a basílica e o museu de Saint Remi e a
catedral de Notre-Dame). A região é famosa pela concentração de marcas de
champanhe. A vinha foi introduzida pelos romanos, que marcaram para sempre a
paisagem verde que envolve o centro histórico, abrilhantado pelas fachadas Art
Déco. No século XVII iniciou-se a produção de champanhe, bebida associada à
realeza mas que acabou por contagiar todas as classes sociais.
Onde comer
Considerado um dos centros gastronômicos de França, Reims
está recheado de cafés-esplanada cheios de charme e bons restaurantes, como a
incontornável Brasserie du Boulingrin (www.boulingrin.fr). Inaugurada em 1925,
mantém o interior Art Déco que a torna ideal para almoços descontraídos e
jantares intimistas. A carta é equilibrada e variada e inclui, claro, uma
ambiciosa seleção de champanhes.
Memória dos Açores
Lugar maravilho com paisagens lindas como a perfeição irregular da Lagoa das Sete
Cidades, em São Miguel, a subterrânea e mágica gruta do Algar do Carvão, na
Terceira, e o perfil encantado do Pico são as Maravilhas Naturais de Portugal.
Se fecharmos os olhos, é possível prolongar a memória dos Açores através dos
seus paladares. E o queijo será com certeza a grande vedete. Produzido em quase
todas as ilhas, em algumas vezes de forma artesanal me em outros usando tecnologia
avançada, o queijo varia no aroma, cor, consistência e intensidade, mas tem
sempre o sabor autêntico dos Açores.
Onde comer
Se os queijos são imprescindíveis seja no início ou no final
de qualquer refeição açoriana, há muitas outras especialidades que merecem
degustação demorada. No restaurante Ti Choa (Grota do Margarida, 1, Serreta,
tel. 295 906 673), na Ilha Terceira, perfilam-se iguarias como a morcela
regional ou a alcatra, mas o pão caseiro, cozido à vista dos clientes, acaba
por ser uma atração necessária.
A vitalidade de Auvergne
Situada no centro de França, a região de Auvergne pode ainda
ser desconhecida para muitos portugueses, mas os franceses sabem que é aí que
se escondem algumas das maiores belezas naturais do país. E gastronômicas.
Cerca de 80 vulcões, muitos deles com mais de 80 milhões de anos, montanhas
cobertas de neve no Inverno e pintadas de verde no Verão “rivalizam” com
queijos certificados, tenra carne de boi e truta e, sobretudo, salmão que só a
Natureza tem o dom de certificar. Peixes que saem do Atlântico Norte e sobem
até à água doce do rio Allier para desovar, com a grande vantagem de, ao
contrário do salmão do Pacífico, continuarem a viver após a reprodução. No
forno, marinado, fumado, ou como carpaccio, são inúmeras as formas de o
saborear.
A sala é pequena, o ambiente é caseiro, a qualidade da
comida é universal. No Le Marché de Nathalie (www.lemarchedenathalie.fr) é tudo
fresco e comprado pela própria Nathalie, que fez desta casa no coração de
Clermont-Ferrand um dos melhores restaurantes da cidade. A culpa é dos queijos,
dos legumes, da carne e, claro, da truta e do salmão.
Prazeres de inverno em Oslo
Toda a gente sabe que o bacalhau é da Noruega. Sua segunda
maior exportação, o alimento que é um dos preferidos dos portugueses consome-se
diariamente naquele país da Europa, conhecido por ter uma das populações mais
saudáveis do planeta mas também por ser berço de artistas como o dramaturgo
Ibsen ou o pintor Munch, cuja vida e obra pode ser conhecida no Munch Museum
(www.munch.museum.no). Para descobrir outros encantos locais, apanhe a boleia
do rio Akerselva e faça o percurso entre Maridalsvannet e o centro da capital.
São oito quilômetros onde atividades como a pesca se mesclam com a história de
um país com raízes medievais. Incontornável na lista de atrações de Oslo é
ainda o Winter Park Tryvann, o maior resort de Inverno do país, que, entre 23
de Fevereiro e 6 de Março, recebe o campeonato do mundo de esqui.
Inaugurado em 1874, o Grand Café é uma das instituições de
Oslo. Conhecido por ter sido um dos destinos favoritos de Ibsen, que aqui
almoçava diariamente com outros escritores ilustres, está instalado no icônico
Grand Hotel (www.grand.no). Com vista para a Karl Johan Street, o restaurante
mantém a aura histórica e burguesa mas soube atualizar-se, sendo hoje um
destino consensual para as três refeições do dia: é tão perfeito para
pequenos-almoços alargados como para almoços leves ou jantares românticos, bem
recheados de especialidades regionais.
Segredo de Trás-os-Montes
“O ouro líquido do Mediterrâneo”: é assim que muitos chamam
ao azeite. Da Síria a Espanha, da Itália à Tunísia, são vários os países em que
o azeite está umbilicalmente ligado à sua história e gastronomia. Portugal,
naturalmente, não é exceção, tendo sido mesmo um dos primeiros produtos que
exportamos. E é ainda em solo lusitano que continuam a ser produzidos alguns
dos melhores azeites do mundo, em regiões como o Ribatejo, zona Centro,
Alentejo ou Trás-os-Montes. A aldeia do Romeu, entre Macedo de Cavaleiros e
Mirandela, é um bom exemplo para perceber e saborear tudo o que está
relacionado com este universo, não vivesse ela quase exclusivamente para o
“néctar”.
Onde comer
O restaurante Maria Rita é uma espécie de museu vivo
(www.quintadoromeu.com). É o centro da aldeia, o seu maior cartão de vista e
local de peregrinação, graças ao seu ambiente rústico, clássico e, sobretudo,
devido à comida. Vejamos a ementa: açorda de espargos bravos, bacalhau à Romeu,
feijoca à transmontana, alheira caseira na brasa, bifinhos na caçarola ou sopa
seca. Tudo regado com muito azeite.
Doce São Tomé
Uma vida sem chocolate é como uma sobremesa sem açúcar, existe,
mas não é a mesma coisa. Aos amantes deste produto propomos precisamente a
visita a um dos países onde se produz um dos melhores chocolates do mundo: São
Tomé e Príncipe. País africano que jamais esquecerá pela beleza das suas
praias, simpatia das suas gentes e pela Fábrica de Chocolate de Cláudio Corallo
(www.claudiocorallo.com). Uma fábrica artesanal à qual poderá fazer uma vista
guiada e sentir o sabor do verdadeiro cacau. Quem não tiver oportunidade de
viajar até tão longe tem como alternativa deslocar-se à loja da marca em
Portugal. Fica na Rua Cecílio de Sousa, 85 (ao Príncipe Real), em Lisboa.
Uma visita à ilha de São Tomé não fica completa sem uma ida
à Roça de São João (Roça de São João, tel. 00239 261 140/225 135), um turismo
ecológico e cultural em espaço rural gerido por João Carlos Silva – artista
plástico de profissão que ficou famoso graças ao programa de gastronomia Na
Roça com os Tachos. Além de se poder deliciar com algumas das suas refeições,
existe um atelier onde se vendem doces e peças de artesanato produzido na roça.
Pode também fazer percursos a pé, de bicicleta ou de canoa pela região com
direito a piquenique.
Sinceramente, estou com água na boca....
Um beijo e até amanhã.
*Inspiração: TEXTO DE JOÃO FERREIRA DE OLIVEIRA E RITA LÚCIO
MARTINS
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