Por Bia Parra


Hoje vou começar a série de posts a respeito da nossa viagem
em família em julho de 2014. Geralmente faço isso, pois como viajo com agora adolescentes
(17 e 11 anos), acho que trocar informações de dicas e novos roteiros e quem
sabe (com um pouco mais de pretensão) quebrar alguns paradigmas conceituais em que
museu, arte, cultura e gastronomia se restrinjam a interesses adultos.
Como consultora em viagens adoro destinos que não são
massificados, não só por estes estarem mais cheios (afinal julho é mês de férias
no mundo todo), mas principalmente por me dar a oportunidade de explorar e
fazer descobertas que ainda não foram amplamente divulgadas e assim poder
contar com apenas a minha emoção para compreender o que estou olhando e vivendo.


Certamente neste sentido NYC não seria a escolha para este
roteiro, porem ele foi escolhido por algumas razões. A American Airlines estava
com tarifas fantásticas no final de junho, inclusive com o novo Boing 777 w (avião
novo, moderno e muito confortável com um multimídia incrível). As semifinais da
Copa estavam acontecendo e queríamos ver num lugar muito legal o Legend Bar e
por fim, seria o único lugar em que faríamos compras, pois além o delicioso Woodbury
(outlet Premium que mais gosto), NYC é a única cidade do roteiro todo que já
conhecíamos e, portanto poderíamos abrir mão de um dia para essa “empreitada”.

De qualquer maneira, foi bom.
NYC tem uma capacidade única de se renovar e isso é muito
bacana principalmente para nós que moramos em SP porque serve de inspiração
para o nosso dia a dia. Desta vez optamos por ficar no Soho (no Mondrian) para
poder fazer tudo de forma mais tranquila já que a Time Square e a região do
Central Park são bem mais movimentadas.

O Mondrian é um charmoso hotel da rede Morgans Hotels. São
bem conhecidos por serem hotéis boutique de porte médio, geralmente de designe
(Philippe Starck), serviço jovem e despretensioso, gente bonita e um badalado
restaurante, tudo muito legal. O senão vai para o tamanho dos apartamentos. Assim
como outros da rede que já fiquei como Hudson e Clift os apartamentos mais
simples são muito pequenos e isso pode ser um desconforto... eu não gosto. Mas
não foi este o caso.
Optamos por 2 apartamentos maiores, confortáveis e novinhos...
bem gostoso. A localização não poderia ser melhor, Crosby St bem pertinho do
badalado Balthazar que nós adoramos para um brunch (a minha refeição predileta,
o resto posso até enganar), além de uma linda Le Pain Quotidien, um Starbucks
para os aficionados (eu não gosto) e a charmosa Bread.
As compras também não faltam, pois estamos há alguns passos
apenas de tudo o que há de bom na região.
Ainda na gastronomia fomos conhecer o Il Buco Alimentari
& Vineria (53 Great Jones St. New York, NY 10012 // Cross Street: Lafayette
& Bowery).


Um restô despretensioso meio mercado, salumeria, padaria e restaurante
com produtos e muita qualidade que tem gosto de Itália com salames caseiros, pão fresco e uma ampla
variedade de itens importados e nacionais. A cozinha aberta dá vista para uma
sala de jantar rústica com mesas comunais e longo bar de vinhos de mármore com
o menu sazonal comandado pelo Chef Justin Smilie.


Ainda vimos o Rei Leão na Broadway cujo espetáculo é
bacanérrimo principalmente para crianças e fomos ao Madame Tussauds (
234 W 42nd St, New York) que adoramos
sua pegada glamour com ídolos da música pop de todos as gerações e muitas celebridades... de fato
vale a visita pela diversão.


Mas o ponto altíssimo nestes poucos dias de NYC, como falei
foi apenas a cidade escolhida para chegada em voo direto, foi curtir o MOMA
(MUSEU DE ARTE MODERNA). Além das exposições permanentes o Museu estava
recebendo a badaladíssima exposição da Lygia Clark, revolucionária pintora e
escultora brasileira contemporânea que fundou um novo movimento, experimentou a
body arte quebrando regras e conceitos. Fiquei emocionada em ver o quanto nossa
arte é prestigiada lá fora.

Além desta exposição fiquei encantada com o importante acervo
permanente com obras absolutamente maravilhosas de grandes Mestres como Auguste
Rodin, Paul Cézanne, Vincent van Gogh, Henri Rousseau, Picasso e Matisse.
Aqui alguém pode perguntar: “Ah mas para que curtam tudo
isso seus filhos devem saber da história da arte ou vc deve tê-los ensinado
desde pequenos”. Na verdade não! Para quem tem esta dúvida, vocês ficariam abismados
ao entrar junto com seus filhos em um museu para descobrir junto com eles a
arte e deixa-los livres para fazer as próprias descobertas, eu super recomendo.
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Legenda para guia infantil |

Dicas de sucesso: Iniciar a visita de cima pra baixo (do 6º
para o 1º andar). No sexto andar há áudio guia em Português e é gratuito, vale
a pena. Veja também que nas obras mais importantes há uma explicação infantil (em
português), é uma graça pois a historinha é sempre muito interessante. Para os
que são mais fluentes na língua, nos meses de férias há vários cursos de arte
para a criançada que são puro sucesso!!!

Como queríamos ir ao Woodbury (outlet Premium à uma hora de
NYC) alugamos um carro em nosso penúltimo dia na cidade para fazer as compras
pois não gostamos de ir de ônibus. Por
mais que falem que é prático, nunca caia nesta roubada porque a volta é caótica
(todo mundo quer sair no último ónibus com “oitenta sacolas” por pessoa), não
funciona. No dia seguinte já seguiríamos viagem então foi bem prático.
Informação importante: As diárias dos estacionamentos em NYC
são uma fortuna, em torno de US$ 60 a 80,00. Esta info é importante para a decisão do que fazer.
E assim finalizamos nossos quatro dias em NYC e seguimos para
a maravilhosa Baltimore, tema do próximo post na quarta feira que vem.
Um beijo e até lá.