quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

UMA DECLARAÇÃO DE AMOR A SUÍÇA...

Por Bia Parra





Durante a última semana estive na Suíça como muitos puderam acompanhar através do Facebook da Afinal.
De fato foram dias incríveis que só me fizeram reafirmar o que tinha sentido em julho passado quando estive lá pela primeira vez, a Suíça é única!


Desta vez meu roteiro começou por Geneve, seguiu por St. Moritz e finalizou com Zurique... lindo!!!

Devo dizer que o País me encanta na sua totalidade e nem pestanejaria se perguntassem qual o lugar do mundo eu gostaria de morar... Fiquei pensando o porquê disso e não foi difícil descobrir, basta falar um pouco da sua história...

A história da Suíça começa com a ocupação romana de territórios habitados pelos Helvécios, uma tribo bárbara. Muitas cidades importantes da Suíça de hoje datam do período romano, como Geneve, Lausanne, Martigny, Zurique, Sion e Basileia, entre outras.  A unidade nacional da Suíça data de 1291, quando os cantões Uri, Schwyz e Unterwalden se juntaram formando uma confederação. Posteriormente outros cantões juntaram-se a esses.

A história do país foi decisivamente marcada pela Reforma Protestante e a luta entre católicos e protestantes. Em 1523 ocorreu a Reforma protestante em Zurique liderada pelo pastor Huldrych Zwingli. Ele foi morto em uma batalha contra as forças católicas da Suíça central em 1531. E em 1536 foi a vez da Reforma protestante em Genebra liderada pelo refugiado francês Jean Calvin, cuja doutrina rigorosa influenciou as igrejas protestantes em muitos outros países.

Isolada por montanhas, a Suíça teve sua identidade nacional preservada e, ao mesmo tempo, evitou envolver-se em conflitos. Desde 1815 a Suíça não participou de nenhuma guerra mesmo quando todo o Mundo estava nas duas Grandes Guerras, o país manteve sua neutralidade.

Foi apenas no início do século XIX que Napoleão unificou a Suíça com limites fronteiriços levemente diferentes, mas o país só se tornou uma república moderna federal em 1848.
A Suíça é assim, plural, multicultural, poliglota. Devido à grande quantidade de imigrantes no país, estrangeiros não são novidade e são tratados como qualquer habitante local, eu sempre fui tratada assim e desta vez não foi diferente.

Francês, alemão, italiano e inglês são línguas locais e cotidianas e é incrível como nossos ouvidos se acostumam, quando menos percebemos estamos formando frases inteiras utilizando todas as nossas possibilidades. Aqui devo fazer um parênteses para dizer que há muita mão de obra de serviço de portugueses, assim nós brasileiros temos muitas facilidades de comunicação.

Dentro de casa a vida dos suíços é igual a de todos os países desenvolvidos, tiram os sapatos ao entrar em casa, veem televisão em família, cada filho arruma seu quarto e ajuda nas tarefas de casa. Fiquei encantada ao saber que a partir dos 6 anos já vão sozinhos para a escola... ai que sonho.!!!

O alto custo de vida no país proporciona muita modernidade e tecnologia até para os mais humildes, mas também impede que todos tenham funcionários domésticos, o dia a dia passa a ser vivido sob outra ótica.

Mas o que mais me encanta é a visível fidelidade do Suíço aos direitos humanos, facilmente identificada em toda e qualquer relação estabelecida, desde a mais superficial até as mais profundas. Me emocionei várias vezes com a absoluta gentileza com que fomos tratadas, posições sociais não importam, o direito humano sempre é preservado. Dificilmente alguém irá passar necessidades na Suíça, mas também deve saber que estará sempre sendo cobrado para cumprir as obrigações do ser humano (cuidar da natureza, trabalhar, ajudar ao próximo).

Não a toa é sede da Cruz Vermelha que tem seu símbolo provavelmente inspirado na bandeira da Suíça com inversão das cores, é sede do Fórum Econômico Mundial, da ONU, da FIFA, Organização Internacional do Trabalho, Organização Mundial da Saúde, Fundo Mundial para a Natureza, entre tantas outras Organizações cuja função primordial é pensar e discutir as questões pertinentes a humanidade.

Isso é visto na demanda de plebiscitos que acontecem semanalmente para discussão de regras de uma sociedade verdadeiramente democrática pautada em um modelo Romano que foi preservada por sua relevância social, cujo resultado não poderia ser outro senão um dos países mais desenvolvidos do mundo e detentor da melhor qualidade de vida que existe...

E nem por isso a Suíça é careta ou chata como já ouvi alguns falarem, pelo contrario. Os suíços gostam de atividades ao ar livre, não jogam lixo no chão e o reciclam quase que na totalidade que o  fazem e hoje tem ateliês com objetos incríveis de reciclagem. A bike é um dos meios de transporte mais usados no país, mas a preferência nacional é o transporte público (sensacional) feito por ônibus ou bondes para curtas distâncias e por trem para distâncias entre cidades (inveja!!!). De manhã estamos em Geneve e de tarde esquiando em St. Moritz, TOPl!!!
Por sinal a prática de esporte é constante para todas as idades, desde esportes de inverno (esqui, snowboard, etc.), esportes comuns (tênis, futebol, basquete, vôlei...) até hockey, golfe entre outros. Muito mais do que uma vida simples, o Suíço tem uma vida simplificada, o verdadeiro luxo.

A culinária também é generosa e social com seus banquetes de racletes e fondues, pratos que sempre nos convidam a um mesa de conversa e compartilhamento.



Essa é a minha Suiça... linda, educada, gentil e muito, muito convidativa. Quem vai se sente em casa.
Na semana que vem vou falar sobre o que visitei, até lá.
Beijo Bia

*Viagem realizada a convite da Teresa Perez Tours 

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